Os secretários estaduais de Educação, em conjunto com os conselhos Nacional, estaduais e Distrital de Educação, estão solicitando que as alterações no ensino médio, atualmente em fase de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC), sejam implementadas apenas a partir de 2025. O grupo argumenta que o novo modelo de ensino médio já foi implantado em todos os estados e que as mudanças necessitariam de um período de transição viável.
O posicionamento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) foi comunicado ao MEC nesta segunda-feira (21).
Eles destacam quatro pontos essenciais no posicionamento. Além da solicitação de um período de transição viável para implementação das mudanças, eles pedem a manutenção do ensino a distância (EaD) tanto na formação geral básica, definida pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), quanto nos itinerários formativos, que são as áreas de aprofundamento escolhidas pelos estudantes.
Os secretários e conselheiros argumentam que o ensino mediado por tecnologia é necessário para viabilizar a reforma no turno noturno e para lidar com particularidades territoriais, como educação indígena e quilombola, entre outras. Eles também defendem que 2,1 mil horas das 3 mil horas do ensino médio sejam dedicadas à formação geral básica e que os itinerários formativos sejam reduzidos de dez para dois, com opções de trilhas em educação profissional e técnica.
A implementação de mudanças no ensino médio é uma pauta relevante para a educação no país, e esse posicionamento conjunto visa garantir um processo mais fluido de transição para o novo modelo, considerando a complexidade das adaptações necessárias.
